Já tá na cara que cê é minha cara metade
A verdade é que você notou
Que não compensa ficar sozinha
Na festa cheia de alma vazia, meu amor
E quando for deitar seu corpo
Em outro corpo que não é meu
Não vai encontrar o mesmo gosto
De um maloqueiro que nem eu
Não, não vai virar o olho
Não, não vai virar o olho
Lembro de nós dois fumando junto
Fumaçando num Corolla
Nós era tipo dois adolescentes
Recém fugidos da escola
A vida troca as coisas de lugar
Porque o mundo é uma roda gigante
Mas tô morando no mesmo lugar
Porque ainda sou o mesmo de antes
Simples demais pra um amor complexo
Fatos reais que nem fazem nexo
Embaixo de um mesmo teto
Mas tamo em outro lugar
Sem você tudo é deserto
Não tem água nesse mar
Sacada rosa e o nosso amor
Cheguei com a sacola da Prada
Não se compara com o valor
Que nós dois juntos, é joia rara
Que nós dois juntos, é joia rara
Que nós dois juntos, é joia rara
E até hoje eu espero o celular tocar
Não te ligo pelo medo de cê não atender
E o mais louco é que eu te vejo em todo lugar
Cê me persegue independente do meu DDD
Não é chuva, é garoa
Eu já passei tempestade mais forte
Meu coração voa
Em sua direção porque cê é meu norte
Como é que eu vou morrer de amor
Se tantas vezes me livrei da morte
Não foi sorte, eu fui ágil
Como é que eu vou morrer de amor
Se muitas vezes me livrei da morte
Já tá na cara, que cê é minha
Não vale a pena ficar sozinha
“Cara Metade”, de Hungria, é uma declaração intensa sobre um amor que persiste mesmo após a separação. A canção retrata a conexão profunda entre duas pessoas que já viveram momentos marcantes juntas, mas que hoje estão distantes. A composição expressa saudade, apego emocional e uma certeza de que o sentimento ainda é recíproco, mesmo que negado. A letra começa evidenciando essa identificação com a pessoa amada, como se ela fosse a peça que falta para que tudo faça sentido.
O contraste entre o ambiente vazio das festas e a intensidade do relacionamento mostra que o cantor valoriza mais os laços verdadeiros do que aparências. Ao relembrar cenas cotidianas, como fumar juntos dentro de um carro, o artista reforça o quanto os pequenos momentos se tornaram grandes memórias. Há uma sensação de que, apesar das mudanças da vida, ele continua sendo o mesmo, e isso o torna ainda mais ligado ao passado que viveram. Frases como “Simples demais pra um amor complexo” revelam o conflito entre o desejo de um relacionamento descomplicado e a realidade emocional turbulenta que os cercam.
Na parte final, a música ganha um tom mais sensível e até melancólico, ao mostrar que ele ainda espera por uma ligação, mas tem medo da rejeição. Mesmo assim, insiste na ideia de que essa pessoa é seu “norte”, alguém que o guia e inspira. A repetição do verso “Como é que eu vou morrer de amor se tantas vezes me livrei da morte” mostra uma visão de sobrevivência emocional, como se amar fosse também um risco, mas que vale a pena quando se trata de alguém tão especial. É um relato romântico, sincero e cheio de marcas de um amor que, mesmo ausente, ainda é presente em tudo.
Informações sobre a música Cara Metade
Artista: Hungria Álbum: Single Compositores: Donatto / Gustavo da Hungria Neves / Nairo Gênero: Sertanejo Data de lançamento: 2025 Vídeo oficial postado no YouTube em: 24 de abril de 2025
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